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Lubrificação de engrenagens sob elevadas temperaturas

Olá, bem-vindo novamente ao Dicas de Lubrificação, o seu periódico que visa ajudá-lo a obter melhores resultados em sua empresa, através da capacitação em lubrificação. Alguma vez você já se deparou com a dúvida sobre a lubrificação de engrenagens submetidas a elevadas temperaturas?


Inicialmente, para entendermos o sistema de atuação de óleos lubrificantes em engrenagens que operam em elevadas temperaturas, necessitamos entender os termos temperatura limite de operação e índice de viscosidade.


A temperatura limite de operação de um redutor é determinada pelo componente mais suscetível à degradação em alta temperatura. Geralmente esse componente é o óleo lubrificante MINERAL. O uso de óleos lubrificantes sintéticos pode aumentar a temperatura limite, bem como o tempo de exposição à temperatura de operação dos redutores, sem causar danos à seus componentes, devido sua maior resistência à altas temperaturas


O maior índice de viscosidade dos óleos sintéticos, que faz com que estes não percam sua adesividade em altas temperaturas, além de não comprometer a formação do filme lubrificante.


O aumento da temperatura catalisa uma série de reações, como oxidação e até mesmo a interação dos óleos com as vedações. Por esse motivo se faz necessário verificar não só a compatibilidade de uma determinada vedação com um lubrificante, mas até que temperatura eles são compatíveis.


OBS: Lembramos que, além do óleo lubrificante, é necessário verificar se outros elementos da máquina suportam a temperatura de operação desejada, como por exemplo as vedações, rolamentos, etc.


Ex: Um redutor que opera de forma contínua próximo de 90°C (temperatura do óleo).


Segundo um renomado fabricante de redutores, o óleo mineral operaria apenas por no máximo 4.000 horas, sendo necessário sua troca. Nesse mesmo sistema, um óleo base Polialfaolefina (PAO) operaria por aproximadamente 9.000 horas enquanto um Poliglicol (PG) suportaria algo próximo de 13.000 horas, isso sem falar no aumento da eficiência energética, mas esse é assunto para um próximo post.


Existe um outro fator muito importante no momento de dimensionarmos um redutor para determinado sistema, que é a carga térmica limite. Ela se refere à potência de saída em uma determinada temperatura para que não ocorram danos aos componentes do equipamento. Através dela podemos verificar que, com o uso de lubrificantes sintéticos, hoje é possível o dimensionarmos redutores menores para realizar os mesmo serviços dos grandes maquinários do passado.


Relembrando: Vantagens do uso de lubrificantes sintéticos em redutores submetidos a altas temperaturas.


  • Aumento da vida útil do lubrificante, reduzindo o número de trocas de óleo e intervenções na área

  • Aumento da disponibilidade do equipamento

  • Possibilidade de seleção de um equipamento com potência nominal para o mesmo serviço de engrenagens maiores desenhadas para trabalhar com óleo mineral

  • Em alguns casos, há a eliminação da necessidade de sistemas de resfriamento

  • Melhoria na lubrificação das engrenagens, devido à melhor relação viscosidade x temperatura

Chegamos ao final de nossa décima terceira dica. No próximo post trataremos de engrenagens submetidas a altas cargas. Fique à vontade para entrar em contato conosco, por telefone ou por e-mail, em caso de dúvidas, suporte técnico ou simplesmente para falar o que achou de nossa dica.

As informações acima são retiradas de publicações idôneas e de experiências práticas, contudo, não podemos oferecer garantias e/ou assumir responsabilidade por resultados, visto tratar-se de situações que exigirão análise do caso específico através do acompanhamento de especialista.



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