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Evite o caminho mais fácil



Olá, bem-vindo novamente ao Dicas de Lubrificação, o seu periódico que visa ajudá-lo a obter melhores resultados em sua empresa, através da capacitação em lubrificação. Alguma vez você já se deparou com uma situação de perda de material ou parada de determinado equipamento e, a primeira resposta que deram foi: "ah, isso foi esse lubrificante que não é bom"? Sabemos que esse é um assunto nebuloso, mas esse é o nosso tema de hoje.


A dica de hoje é, em todos sentidos uma dica, uma recomendação e para isso usaremos exemplos práticos e verídicos para mostrar que, muitas vezes, os reais motivos de falhas dizem respeito a outros fatores que não os lubrificantes.


Exemplo 1:

Um rolamento de ventilador funcionava bem, mas exigia relubrificação a cada 3 ou 4 dias. Esta necessidade foi constatada pelo monitoramento ultrassônico. Após 3 meses, a aplicação de graxa passou a não fazer mais efeito e a vibração do rolamento começou a aumentar.


O representante do fabricante foi acionado e descobriu-se que o rolamento de esferas estava trabalhando abaixo da carga. A tensão da correia que o fabricante recomendou era insuficiente. Uma falha no rolamento poderia ter ocorrido se o monitoramento ultrassônico de vibração não tivesse sido realizado.


A lubrificação protegeu o rolamento durante o tempo necessário para se descobrir a raiz do problema.


Exemplo 2:

Como outro exemplo, podemos citar um fato ocorrido em uma empresa que usava compressores parafuso de gases. Foi informado que o óleo estava sofrendo degradação rápida, entupindo os filtros e gerando constantes necessidades de relubrificação, além de gerar condensados internos no compressor. Após uma análise mais detalhada da borra residual, cromatografia de entrada dos compressores, pressão e temperatura, foi constatado que o que ocorreu foi a entrada de contaminante não previsto no projeto do compressor, que deveria ter sido retirado do sistema em etapas anteriores de separação.


Exemplo 3:

Em uma indústria que trabalha com um equipamento que possui cilindros de elevação, foi constatado que a graxa que sempre havia sido aplicada estava escurecendo (ela era bege), escorrendo e travando o cilindro, indicando claro sinal de aquecimento, queima e separação do óleo básico. Após algumas visitas para identificar a causa do problema, visto que este ponto permanecia à temperatura ambiente, foi verificado que na verdade o cilindro não foi lubrificado com graxa e sim com óleo mineral hidráulico para o sistema centralizado. A partir disso foi feita a limpeza dos cilindros e a lubrificação com a graxa correta. Dessa forma eles retornaram ao funcionamento normal.


Esses são apenas 3 exemplos que mostram bem que além de má especificação do lubrificante, que realmente pode ocorrer, existem outros fatores que geram perdas e que as vezes podem estar mascarados pela lubrificação. Conforme mencionamos no início da dica, evite o caminho mais fácil. Caso estes exemplos abaixo não tivessem sido investigados mais a fundo, o real motivo da falha ainda estaria presente, colocando em risco a integridade do funcionário, do equipamento e do produto. Para que esses pontos possam ser devidamente analisados e avaliados, indicamos a presença de um especialista, acompanhando os processos e recolhendo o máximo de informação necessária, bem como o histórico de funcionamento do equipamento.


Chegamos ao final de nossa nona dica, onde apresentamos alguns exemplos de falhas que não estavam ligadas a lubrificantes, apesar destes terem sido apontados como causadores dos problemas inicialmente, o que é muito comum quando não se tem uma informação de imediato sobre a causa. Essa dica visa complementar as dicas anteriores, onde abordamos as falhas (essas sim) ligadas a lubrificantes e suas causas. Fique à vontade para entrar em contato conosco, por telefone ou por e-mail, em caso de dúvidas, suporte técnico ou simplesmente para falar o que achou de nossa dica.


As informações acima são retiradas de publicações idôneas e de experiências práticas, contudo, não podemos oferecer garantias e/ou assumir responsabilidade por resultados, visto tratar-se de situações que exigirão análise do caso específico através do acompanhamento de especialista.



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